A inflação na Argentina registrou um aumento de 1,6% em junho de 2025, conforme divulgado nesta segunda-feira (14) pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec). O resultado representa uma leve alta em relação aos 1,5% observados em maio. No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação ficou em 39,4%, uma queda em relação aos 43,5% do mês anterior.
O governo do presidente Javier Milei, que assumiu o cargo em dezembro de 2023, implementou uma série de medidas de austeridade, incluindo a paralisação de obras federais e a retirada de subsídios a serviços essenciais. Essas ações, embora tenham contribuído para uma melhora nos superávits fiscais, também resultaram em um aumento significativo nos preços ao consumidor e na intensificação da pobreza, que afetou 52,9% da população no primeiro semestre de 2024.
Em busca de estabilizar a economia, Milei firmou um acordo de US$ 20 bilhões com o Fundo Monetário Internacional (FMI) em abril, com a primeira parcela já disponibilizada. O governo também anunciou a flexibilização dos controles cambiais, permitindo que cidadãos utilizem dólares mantidos fora do sistema financeiro sem a necessidade de declarar a origem dos recursos. Essas medidas visam fortalecer as reservas do país e atrair investimentos, enquanto o governo busca manter a inflação abaixo de 2% ao mês.