O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) registrou uma alta de 0,33% em julho, superando a taxa de 0,26% do mês anterior, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira. A inflação acumulada em 12 meses agora é de 5,30%, ligeiramente acima dos 5,27% registrados em junho, permanecendo acima do teto da meta oficial de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.
O aumento nos preços da energia elétrica residencial, que subiu 3,01% em julho, foi o principal responsável pela aceleração da inflação, embora tenha desacelerado em relação ao mês anterior, quando a alta foi de 3,29%. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) manteve a bandeira tarifária vermelha patamar 1, resultando em um custo adicional de R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos. Para agosto, foi aprovado um bônus de R$ 883,07 milhões que será creditado nas faturas de energia dos consumidores.
O Banco Central, que se reunirá na próxima semana para discutir a política monetária, já havia elevado a taxa Selic para 15% e sinalizou a possibilidade de manter a taxa inalterada por um período prolongado. O presidente da autarquia, Gabriel Galípolo, reafirmou o compromisso com a meta de inflação de 3%. Economistas projetam que o primeiro corte na taxa de juros pode ocorrer em dezembro, caso a inflação se mantenha sob controle e a atividade econômica mostre sinais de desaceleração.