Empresas de semicondutores na Malásia estão adiando investimentos e expansões em resposta à incerteza sobre as tarifas impostas pelos Estados Unidos. Wong Siew Hai, presidente da Associação da Indústria de Semicondutores da Malásia, afirmou em entrevista à Bloomberg TV que as companhias aguardam uma definição sobre a continuidade das isenções tarifárias, que expiram em 1º de agosto. O governo americano, sob a administração de Donald Trump, já sinalizou a possibilidade de tarifas adicionais de até 25% para o setor.
A Malásia, que representa cerca de 10% da produção global de semicondutores, é um dos principais fornecedores para os EUA, que é o terceiro maior mercado para suas exportações. Wong destacou que a incerteza atual está gerando um leve aumento nos custos operacionais, especialmente após a recente elevação do imposto sobre vendas e serviços no país. Ele enfatizou que as empresas precisam aumentar a produtividade por meio de tecnologias como inteligência artificial e automação para se manterem competitivas.
No ano passado, o governo malaio comprometeu 25 bilhões de ringgits (aproximadamente US$ 5,9 bilhões) para fortalecer sua indústria de semicondutores, visando dobrar suas exportações até 2030. A Malásia abriga importantes instalações de embalagem de chips para gigantes como Intel e GlobalFoundries, consolidando sua posição como um polo estratégico na cadeia global de suprimentos.