A VDMA, associação que representa mais de 3,6 mil empresas da indústria alemã, pediu à União Europeia (UE) e aos Estados Unidos que não considerem o recente acordo comercial, firmado no domingo (27), como um 'novo normal'. Em um comunicado divulgado nesta segunda-feira (28), o presidente da VDMA, Bertram Kawlath, destacou que a negociação deve ser encarada como uma reviravolta em meio ao impasse causado pela escalada de tarifas entre as duas regiões.
Kawlath enfatizou que o acordo reflete o atual equilíbrio de poder e dependências, e ressaltou a necessidade de a UE fortalecer sua competitividade e expandir seu mercado interno. Ele também pediu um aumento da independência em defesa e matérias-primas, além de uma afirmação da UE como um espaço econômico aberto e de direito entre iguais, com a conclusão de novos acordos comerciais.
A VDMA classificou o acordo UE-EUA como um 'desdobramento lamentável', alertando que ele pode prejudicar os fabricantes americanos, uma vez que a maioria dos setores manufatureiros nos Estados Unidos depende das importações de máquinas europeias. A associação, portanto, vê a necessidade de uma abordagem cautelosa e estratégica por parte da UE e dos EUA em relação a esse novo entendimento comercial.