Uma turista brasileira, Juliana Marins, de 26 anos, morreu após cair em um vulcão na Indonésia, em circunstâncias que reacenderam debates sobre preconceito e negligência em relação a turistas latino-americanos. O acidente ocorreu no dia 15 de novembro, durante uma trilha no vulcão Monte Agung, em Bali, quando Juliana, segundo relatos da família, foi abandonada pelo guia turístico após pedir para descansar devido ao cansaço. Após uma queda de aproximadamente 300 a 600 metros, Juliana ficou presa no local por três dias, sem acesso a água ou comida, exposta a temperaturas extremas que variavam entre o calor equatorial durante o dia e o frio tropical à noite. A jovem foi encontrada sem vida por uma equipe de voluntários, após um atraso significativo no resgate oficial.
De acordo com a família de Juliana, a demora no resgate e a ausência de assistência básica, como a oferta de água e comida, por parte da equipe oficial de busca e salvamento, indica uma possível negligência agravada por preconceitos contra turistas latino-americanos. O chefe da Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia, Mohamad Syafii, atribuiu a demora às condições climáticas adversas. Entretanto, a inação da equipe oficial em oferecer qualquer tipo de assistência a Juliana, contrastando com a rápida ação de voluntários que encontraram e retiraram seu corpo após 15 horas de sofrimento, levanta sérias questões sobre a eficácia e a imparcialidade dos serviços de resgate indonésios. A família afirma que a demora e a aparente falta de empatia contribuíram diretamente para a morte da jovem.
Após o ocorrido, a família de Juliana anunciou que irá processar a agência de turismo indonésia e o governo indonésio por abandono de pessoa e negligência. O caso gerou grande comoção nas redes sociais, com diversas manifestações de indignação e pedidos de justiça. A tragédia serve como um alerta sobre a necessidade de maiores investimentos em segurança e treinamento para guias turísticos, bem como uma revisão crítica dos protocolos de resgate em situações de emergência. A repercussão internacional do caso também pode impactar o turismo na Indonésia, pressionando as autoridades a adotarem medidas para prevenir acidentes similares e garantir a segurança de todos os visitantes, independentemente de sua origem. A família espera que a justiça seja feita e que medidas sejam tomadas para evitar que outros turistas sofram o mesmo destino.