A morte da cantora Preta Gil, ocorrida no último domingo, gerou uma onda de indignação nas redes sociais, especialmente após uma postagem que a associou a um 'castigo divino' por críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro. A reação à publicação revela um cenário preocupante de intolerância e desumanização, onde a dor alheia é utilizada como arma política.
A comparação entre a situação atual e a crueldade histórica enfrentada pelos escravizados no Brasil foi feita por críticos, que evocaram a obra do poeta Castro Alves para destacar a persistência do horror e da insensibilidade na sociedade contemporânea. A postagem controversa reflete uma mentalidade que busca justificar tragédias pessoais como punições divinas, levantando questões sobre a moralidade e a empatia em tempos de polarização política.
Além disso, a discussão se estende à responsabilidade dos líderes políticos e à forma como a sociedade os vê. O general Tomás Miguel Ribeiro de Paiva, novo comandante do Exército, enfatizou a importância de respeitar os resultados das urnas, lembrando que os políticos são, em última análise, empregados do povo. A indignação em relação à morte de Preta Gil também levanta questões sobre a forma como a sociedade lida com a dor e a perda, especialmente em um contexto onde a intolerância parece estar em ascensão.