Um protesto de indígenas na BR-101, em Itamaraju, Bahia, já dura mais de 25 horas e visa a soltura de Welington Ribeiro de Oliveira, conhecido como cacique Suruí Pataxó, detido pela Força Nacional de Segurança. A manifestação, que começou na manhã de segunda-feira (7), resultou na interdição total da rodovia, causando um engarrafamento que ultrapassa 20 km.
Durante o protesto, uma empresária de 40 anos, identificada como Elaine Tschaen Schneide, tentou furar o bloqueio e teve seu caminhão depredado e incendiado pelos manifestantes. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que, apesar de o protesto ser pacífico, houve um episódio de violência, onde a mulher foi retirada do veículo e levada até os policiais após ser agredida. Ela registrou um boletim de ocorrência por danos e ameaças.
O cacique Suruí Pataxó foi preso na quarta-feira (2) em uma operação da Polícia Federal, que alegou ter encontrado armas no território indígena de Barra Velha, em Porto Seguro. A Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (Apoinme) repudiou a prisão, alegando que o cacique é um defensor dos direitos humanos e sofre ameaças há anos. O Conselho de Caciques do Território Indígena Barra Velha também manifestou indignação, afirmando que a abordagem foi realizada sem mandado e com motivação política.