Na última semana, a agenda econômica foi movimentada tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, apesar do feriado de 4 de julho que reduziu um dia de negociações. No Brasil, os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) indicaram um mercado de trabalho resiliente, enquanto a produção industrial de maio ficou abaixo das expectativas, sinalizando uma desaceleração na atividade econômica. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) trouxe alívio inflacionário, embora com pressões específicas no setor de energia elétrica.
Nos Estados Unidos, o relatório de empregos (payroll) de junho superou as previsões, com a criação de novas vagas, mas apresentou uma desaceleração nos salários, reforçando a expectativa de um pouso suave da economia americana. Esses dados influenciam diretamente as apostas do mercado sobre as futuras decisões do Federal Reserve em relação à taxa de juros.
A nova semana econômica no Brasil começa com a divulgação do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) de junho, que deve indicar deflação, contribuindo para a expectativa de alívio nos preços ao produtor. Além disso, o mercado acompanhará os índices de inflação IPC-S e IPCA de junho, bem como as pesquisas mensais do IBGE sobre comércio e serviços, que são cruciais para a avaliação do crescimento do PIB no segundo trimestre.
Enquanto isso, nos Estados Unidos, a ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) será divulgada na quarta-feira (09), trazendo insights sobre a avaliação do comitê em relação à inflação e ao emprego. A agenda internacional também inclui dados de inflação da China e indicadores econômicos da zona do euro, que serão observados com atenção em meio a incertezas sobre a política monetária global.