A Índia está se preparando para enfrentar tarifas mais altas dos Estados Unidos, que podem variar entre 20% e 25%, sobre algumas de suas exportações. Essa medida, considerada temporária, ocorre enquanto o país adia novas concessões comerciais antes do prazo de 1º de agosto. Fontes do governo indiano informaram que Nova Délhi planeja retomar negociações comerciais mais amplas com uma delegação dos EUA prevista para visitar o país em meados de agosto, com o objetivo de finalizar um acordo bilateral até setembro ou outubro.
O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou que países que não negociarem acordos comerciais separados enfrentarão tarifas de 15% a 20% sobre suas exportações, superando a tarifa de 10% imposta em abril. O representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, destacou que as conversas com a Índia exigem mais negociações, enfatizando o interesse do presidente Trump em acordos vantajosos.
A Índia, que registrou um superávit comercial de quase US$ 46 bilhões em 2024, está disposta a oferecer cortes tarifários em uma variedade de produtos, mas mantém restrições em setores como agricultura e laticínios. As autoridades indianas expressaram otimismo em relação ao progresso nas negociações, embora a estratégia do país esteja sendo calibrada em resposta às ameaças tarifárias mais amplas dos EUA, que também afetam outras nações do Brics.
Analistas alertam que, sem um acordo, as exportações indianas podem enfrentar tarifas médias de cerca de 26%, superiores às impostas a países como Vietnã e Japão. O Ministério do Comércio da Índia e o Escritório do Representante Comercial dos EUA não comentaram sobre a situação até o momento.