A Lei do Federal Reserve, promulgada em 1913, não proíbe explicitamente a demissão do presidente da instituição, mas decisões judiciais anteriores estabelecem que tal remoção só pode ocorrer por justa causa. Isso implica que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não teria a autoridade legal para destituir Jerome Powell, atual presidente do Fed, apesar de rumores na imprensa sobre uma possível exoneração.
Trump negou as especulações sobre a demissão, mas continuou a criticar Powell publicamente. A definição de 'justa causa' permanece ambígua, podendo incluir a incapacidade de cumprir funções ou condutas inadequadas, mas não há consenso sobre o que exatamente se enquadra nesse critério.
Recentemente, a Casa Branca intensificou suas críticas a Powell, alegando irregularidades em uma reforma da sede do Fed, estimada em US$ 2,5 bilhões. Uma reportagem do Broadcast, publicada em 15 de outubro, sugere que os mercados podem estar subestimando a gravidade da situação em relação à independência do Fed.
Em maio, a Suprema Corte reafirmou a autonomia do Federal Reserve, permitindo que Trump administrasse agências, mas ressaltando que os membros do Conselho do Fed e do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) estão protegidos contra demissões sem justa causa. A Corte destacou a singularidade do Fed como uma entidade quase privada, com uma estrutura que remete à tradição dos primeiros bancos dos Estados Unidos.