Em dezembro de 2024, o índice de inadimplência em consórcios no Brasil registrou uma queda para 2,35%, uma redução de 0,20 pontos percentuais em relação ao mesmo mês do ano anterior, conforme dados divulgados pelo Banco Central (BC). Essa diminuição ocorre em um cenário onde dívidas de crédito livre também apresentaram queda, mas ainda alcançaram 3% do segmento ao final de 2024.
A migração de consumidores para consórcios tem sido uma tendência em ciclos de alta de juros, especialmente na aquisição de imóveis. Com o aumento das taxas de juros, muitos consumidores enfrentam dificuldades em comprometer um terço da renda familiar em financiamentos, o que pode levar à inadimplência em contratos de crédito imobiliário já existentes. O consórcio, por sua vez, se destaca como uma alternativa mais econômica, oferecendo taxas de juros menores em comparação aos financiamentos tradicionais.
Além da queda na inadimplência, o BC também ressalta que o risco residual de crédito para cotas contempladas tende a ser reduzido em grupos de consórcio que utilizam seguros opcionais de quebra de garantia. No entanto, a inadimplência pode ocorrer devido a diversos fatores, como mudanças financeiras inesperadas ao longo do período de comprometimento.
Os consórcios se apresentam como uma opção viável para a aquisição de bens como imóveis, automóveis ou até mesmo viagens, permitindo que os consumidores escolham planos adequados ao seu orçamento e objetivos. Com diferentes prazos e condições, essa modalidade de autofinanciamento oferece estratégias que podem facilitar a aquisição, como redução de parcelas e lances fixos, tornando-se uma alternativa atrativa em tempos de instabilidade econômica.