O mercado financeiro brasileiro enfrenta um cenário de grande imprevisibilidade em 2025, com mudanças rápidas nas expectativas econômicas. Desde o início do ano, analistas têm se deparado com frustrações em suas previsões, especialmente após a crise fiscal que elevou o dólar a mais de R$ 6,30 e gerou preocupações sobre as contas públicas. No entanto, o semestre surpreendeu com a recuperação do dólar, que caiu para R$ 5,50, e a bolsa, que registrou alta superior a 10%.
A situação se complicou com a ameaça do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, além das incertezas relacionadas ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Essas questões trouxeram um clima de incerteza que dificultou a formulação de projeções por parte dos economistas, que agora evitam fazer previsões de curto, médio ou longo prazo.
Em entrevista à Forbes Brasil, Christiano Clemente, diretor de investimentos do Santander Private Bank, destacou que a falta de convicção no mercado leva a decisões mais cautelosas. Segundo ele, a confiança nas decisões de investimento só será restaurada quando as incertezas atuais começarem a se dissipar, permitindo uma avaliação mais clara do cenário econômico e fiscal do país.