O Brasil importou US$ 2,7 bilhões em automóveis elétricos e híbridos no primeiro semestre de 2025, uma queda de 20,6% em comparação ao mesmo período de 2024, quando as importações totalizaram US$ 3,4 bilhões. Os dados foram divulgados pelo Poder360, com base no Comex Stat, sistema do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços que compila estatísticas do comércio exterior brasileiro.
No total, foram importados 141.884 veículos, representando uma redução de 4,7% em relação aos 148.959 carros importados de janeiro a junho de 2024. O volume de carros elétricos importados foi de US$ 572,7 milhões, uma queda significativa de 57,7%, enquanto os híbridos somaram US$ 2,15 bilhões, com um leve aumento de 2,7%. Essa diminuição nas importações é atribuída ao aumento gradual da alíquota do imposto de importação, que varia de 25% a 30% dependendo do tipo de motor, após ter estado zerada desde 2015.
Os carros híbridos lideraram as importações, com 103,8 mil unidades, um crescimento de 29% em relação ao primeiro semestre de 2024. Em contrapartida, a importação de veículos exclusivamente elétricos caiu 44,4% em 2025. A China continua a dominar o mercado, respondendo por 62,1% das importações, com 134.582 veículos, um aumento de 3,6% em relação ao ano anterior. Apesar da reoneração, a pressão dos fabricantes brasileiros para a volta da taxação parece ter impactado mais a compra de modelos elétricos do que a de híbridos, que mantiveram um crescimento considerável.
A reoneração do imposto de importação será concluída em julho de 2026, com uma alíquota uniforme de 35% para ambas as categorias de veículos. A Anfavea, associação que representa os fabricantes de veículos, destacou que o Brasil deixou de arrecadar R$ 6 bilhões anuais em tributos com a isenção anterior, evidenciando a necessidade de uma política fiscal que equilibre a proteção da indústria local e a promoção de veículos sustentáveis.