O Ministério da Saúde anunciou nesta quinta-feira, 4, que o implante contraceptivo Implanon será disponibilizado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A decisão foi tomada após a aprovação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec). O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, informou que a distribuição do dispositivo começará no segundo semestre de 2025, com a expectativa de que 1,8 milhão de implantes sejam distribuídos até 2026, sendo 500 mil apenas neste ano.
O investimento estimado para a implementação da medida é de R$ 245 milhões. O Implanon, que possui uma eficácia elevada e pode durar até três anos, é um bastão pequeno que libera o hormônio etonogestrel na corrente sanguínea, prevenindo a ovulação e dificultando a entrada de espermatozoides. Atualmente, esse método é comercializado na rede privada por valores que variam entre R$ 2 mil e R$ 4 mil.
Ana Luiza Caldas, secretária de Atenção Primária à Saúde, destacou que a inclusão do Implanon representa um avanço significativo nas ações de planejamento sexual e reprodutivo no Brasil. Com a incorporação desse método, o SUS amplia as opções de contracepção reversível e segura, além do DIU de cobre já disponível, permitindo que a população tenha acesso a métodos que não exigem uso diário, como os anticoncepcionais orais ou injetáveis. O SUS também continua a oferecer preservativos, anticoncepcionais orais e injetáveis, além de laqueadura tubária e vasectomia.