O Instituto Médico Legal (IML) do Rio de Janeiro divulgou na terça-feira (8) os resultados de uma nova necropsia realizada no corpo de Juliana Marins, que caiu de um penhasco no vulcão Rinjani, na Indonésia, em 21 de junho. Segundo o laudo, a brasileira pode ter sobrevivido de 10 a 15 minutos após o acidente, enfrentando um período de sofrimento antes de falecer. O corpo foi resgatado em 25 de junho e chegou ao Brasil em 1º de julho.
O exame do IML complementa os resultados preliminares obtidos na Indonésia, onde legistas afirmaram que a causa da morte foi hemorragia interna decorrente de múltiplas lesões traumáticas, incluindo fraturas na pelve, tórax e crânio. No entanto, o embalsamamento realizado para a repatriação do corpo dificultou a determinação precisa do horário da morte e a avaliação de sinais clínicos como hipotermia e desidratação.
Os peritos brasileiros identificaram um "período agonal" entre o trauma e o óbito, caracterizado pela deterioração das funções vitais. A nova análise foi solicitada pela família de Juliana, que questionou as conclusões dos legistas indonésios, que também atribuíram a morte a lesões em órgãos internos causadas por trauma contundente. As equipes de resgate só conseguiram acessar a jovem três dias após a queda, quando ela já estava sem vida.