O número de imigrantes que entraram na Europa por travessias ilegais no primeiro semestre de 2025 foi de 75.900, representando uma redução de 20% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram registrados 94.000 casos. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (10 de julho de 2025) pela Frontex, a agência de fronteiras da União Europeia (UE). Essa queda contínua nos números de imigração ilegal reflete as novas políticas adotadas pelos países europeus.
A fronteira leste da Europa, que inclui imigrantes de países como Ucrânia, Somália e Etiópia, observou uma queda de 50% nas travessias ilegais. A região oeste dos Bálcãs, abrangendo Turquia, Afeganistão e Síria, registrou a maior diminuição, com uma redução de 53% em comparação ao primeiro semestre de 2024. A Frontex atribui essa tendência a esforços conjuntos de prevenção entre os países de origem e os Estados-membros da UE.
Apesar da queda geral, algumas áreas conectadas ao mar Mediterrâneo, como a região oeste, apresentaram um aumento de 19% nas travessias ilegais. Os principais destinos dos imigrantes que atravessam o Mediterrâneo incluem Itália, Alemanha e França. No canal da Mancha, utilizado para chegar ao Reino Unido, houve um aumento de 23% nas tentativas de travessia.
Em resposta a esses desafios, o governo britânico, liderado pelo primeiro-ministro Keir Starmer, anunciou um aumento nos esforços de controle migratório, enquanto a Alemanha suspendeu o financiamento para o resgate de refugiados em junho. Nesta quinta-feira, Reino Unido e França também revelaram um programa conjunto para combater a imigração ilegal no canal da Mancha.
