O Índice Bovespa apresentou uma nova queda na manhã desta quarta-feira, 16, refletindo a pressão das tarifas impostas pelo governo americano ao Brasil e a desvalorização do petróleo no mercado internacional. O índice, que já havia registrado sete quedas consecutivas, caiu 0,40%, atingindo 134.711,40 pontos, com destaque para a desvalorização de ações de estatais como Eletrobras e Banco do Brasil.
Os investidores estão atentos à recente investigação anunciada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, sobre práticas comerciais brasileiras que, segundo ele, "restringem injustamente" o comércio. A investigação abrange temas como comércio digital, tarifas preferenciais e acesso ao mercado de etanol. O governo brasileiro, por sua vez, se reuniu para discutir as possíveis consequências dessa nova ofensiva, que inclui a ameaça de tarifas de importação de 50% sobre produtos brasileiros.
Analistas do mercado financeiro, como Alvaro Bandeira e Rodrigo Alvarenga, destacam que a situação atual é desfavorável, mas há espaço para recuperação do índice, especialmente após a série de quedas. Além disso, a pesquisa Genial/Quaest revelou uma leve melhora na aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que passou de 40% para 43%, o que pode influenciar o cenário político e econômico do país.
Com a agenda de indicadores econômicos no Brasil esvaziada, o foco dos investidores permanece nas repercussões das tarifas americanas e nas divulgações de balanços de empresas dos EUA. O Ibovespa, que fechou a terça-feira em 135.250,10 pontos, continua sob pressão, com a expectativa de novas movimentações no mercado ao longo do dia.