O Ibovespa registrou alta de 0,72% nesta segunda-feira (21), alcançando 134.335,82 pontos, impulsionado pela valorização de 2,08% do minério de ferro em Dalian, na China, e por um novo alívio nas projeções do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no boletim Focus. A recuperação ocorre após uma semana de perdas, onde o índice havia fechado em baixa de 1,61% na última sexta-feira (18), marcando o menor nível em três meses.
O economista-chefe do BV, Roberto Padovani, destacou que a semana anterior foi marcada por incertezas nos mercados devido a questões tarifárias nos Estados Unidos, especialmente em relação ao Brasil e México. A atenção permanece voltada para as pressões sobre o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, para a redução das taxas de juros nos EUA. A analista de renda variável da Rico, Bruna Sene, observou que a queda do dólar em relação ao real e a melhora nos juros futuros indicam uma leve recuperação dos ativos, embora o cenário ainda permaneça instável.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que alternativas para mitigar o impacto das tarifas de 50% sobre produtos brasileiros nos EUA serão apresentadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta semana. Haddad também expressou confiança em uma possível solução diplomática para a questão tarifária. No boletim Focus, a mediana das projeções para o IPCA de 2026 foi reduzida de 4,50% para 4,45%, enquanto para 2025 a expectativa caiu de 5,17% para 5,10%.
No mercado, as ações da Petrobras apresentaram alta, com os papéis PN subindo 0,68% e ON 0,77%, enquanto a Vale teve um aumento de 2,68%. O Ibovespa, que começou o dia em 133.381,58 pontos, atingiu uma máxima de 134.409,46 pontos, refletindo um ambiente de maior otimismo entre os investidores, apesar das incertezas externas.