O Ibovespa encerrou a sessão desta segunda-feira (9) com uma queda de 0,65%, atingindo 135.298,99 pontos, o menor patamar desde 9 de junho. O índice já acumula seis dias de perdas consecutivas, a sequência mais longa desde junho de 2024, quando também enfrentou um recuo prolongado. No mês, a bolsa já apresenta uma desvalorização de 2,56%, reduzindo a alta acumulada no ano para 12,48%.
Os principais fatores que pressionaram o índice foram a divulgação do IBC-Br, uma prévia do PIB, que indicou uma queda de 0,74% em maio, frustrando as expectativas do mercado. Além disso, as novas tarifas de importação anunciadas pelos Estados Unidos, que afetam o Brasil e outros países, contribuíram para um clima de pessimismo entre os investidores, especialmente em setores voltados para exportação, segundo Patrick Buss, operador da Manchester Investimentos.
Na ponta negativa do Ibovespa, as ações da BRF caíram 4,55%, seguidas por Telefônica Brasil (-3,08%) e Lojas Renner (-2,83%). Em contrapartida, as ações da Petz (+3,84%), Hapvida (+3,03%) e MRV (+2,96%) se destacaram entre os ganhos. O desempenho das ações de consumo e varejo foi inicialmente beneficiado pela queda dos juros futuros, mas essa tendência foi revertida ao longo do dia, conforme apontou Alison Correia, da Dom Investimentos.
Com a agenda econômica brasileira esvaziada, mas com a expectativa de novos dados sobre a inflação nos Estados Unidos, as ações de grandes bancos apresentaram um desempenho cauteloso. O Bradesco PN teve uma leve alta de 0,37%, enquanto o Santander Unit e o Banco do Brasil caíram 2,05% e 2,18%, respectivamente. O dólar fechou em alta de 0,66%, cotado a R$ 5,5842, refletindo a instabilidade econômica tanto no cenário interno quanto externo, conforme destacou a economista Paloma Lopes, da Valor Investimentos.