O Ibovespa iniciou o pregão desta segunda-feira, 28, com uma leve queda de 0,23%, cotado a 133.901,70 pontos, em meio a um cenário de cautela com as tarifas impostas pelos Estados Unidos. A valorização dos índices de ações ocidentais e do petróleo não foi suficiente para impulsionar o índice brasileiro, que também enfrenta a pressão do recuo de 1,75% no preço do minério de ferro, que caiu para US$ 109,64 por tonelada em Dalian.
As projeções do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2025 e 2026 apresentaram uma leve desaceleração, mas não devem influenciar a expectativa de manutenção da Selic em 15% na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para quarta-feira. Enquanto isso, o Brasil busca um canal de negociação com o presidente dos EUA, Donald Trump, sobre a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros.
Analistas apontam que a implementação das tarifas pode impactar negativamente a economia brasileira, levando a uma postura defensiva nos ativos locais. O economista sênior Silvio Campos Neto destaca que o Ibovespa deve continuar sem impulso, refletindo também a correção do minério de ferro. Em resposta a possíveis efeitos adversos, o governo brasileiro está preparando um plano com mais de 30 medidas para mitigar os impactos das tarifas, incluindo linhas de crédito para setores afetados.
Além da decisão do Copom, o Federal Reserve (Fed) dos EUA também anunciará sua decisão de política monetária na quarta-feira, enquanto importantes balanços de empresas, como Apple e Exxon Mobil, estão programados para serem divulgados nos próximos dias. Na última sexta-feira, o Ibovespa fechou em queda de 0,21%, aos 133.524,18 pontos.