O Ibovespa Futuro registrou queda de 0,67% nas primeiras negociações desta sexta-feira (18), cotado a 135.870 pontos, contrariando o otimismo observado em Wall Street. A desvalorização ocorre em um contexto de incertezas políticas no Brasil, especialmente após o anúncio de tarifas de 50% pelos Estados Unidos, que gerou reações contundentes do governo brasileiro. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou a medida como "chantagem inaceitável", reafirmando a soberania do Brasil no setor digital.
Além disso, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão contra o ex-presidente Jair Bolsonaro em Brasília, em uma ação autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A tensão política aumentou com pedidos de impeachment contra a ministra Cármen Lúcia, do STF, feitos por senadores que alegam incompatibilidade de conduta da magistrada.
Enquanto isso, os índices futuros de Wall Street apresentaram leve alta, com o Dow Jones Futuro subindo 0,09% e o S&P Futuro avançando 0,06%. Os investidores reagiram positivamente a dados econômicos robustos dos EUA, como a queda nos pedidos de auxílio-desemprego e vendas no varejo acima do esperado, que até o momento não mostraram impacto significativo das tarifas sobre o consumo.
No mercado cambial, o dólar à vista subiu 0,29%, cotado a R$ 5,564, enquanto o contrato de dólar futuro também apresentou alta. Os mercados da Ásia-Pacífico fecharam de forma mista, com ações australianas atingindo recordes históricos, e os preços do petróleo operaram em alta, impulsionados por baixos estoques e riscos geopolíticos no Oriente Médio.