O Ibovespa encerrou a sessão desta segunda-feira (28) com uma queda de 1,07%, atingindo 132.095,27 pontos, o menor nível em mais de três meses. Este é o terceiro pregão consecutivo de perdas, refletindo um dia de liquidez reduzida, com o volume financeiro totalizando R$ 15,57 bilhões, abaixo das médias diárias do mês e do ano. A expectativa negativa é acentuada pela iminente tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, que deve entrar em vigor na próxima sexta-feira (01).
O pessimismo no mercado brasileiro ocorre em meio à expectativa pela "super quarta", quando o Comitê de Política Monetária (Copom) e o Federal Open Market Committee (Fomc) dos Estados Unidos se reunirão para discutir a política monetária. Analistas preveem que as taxas de juros permanecerão inalteradas em ambos os países.
Enquanto isso, em Wall Street, o índice S&P 500 registrou seu sexto fechamento recorde consecutivo, com uma leve alta de 0,02%, enquanto o Nasdaq subiu 0,33%. O dólar, por sua vez, avançou 0,54%, fechando a R$ 5,59, o maior valor desde 4 de junho, impulsionado pelo novo acordo comercial entre os EUA e a União Europeia, que amenizou a guerra comercial, mas ainda gerou críticas de líderes europeus.
O acordo estabelece que a maioria dos produtos da Europa será taxada em 15%, em troca de compromissos significativos da UE em relação a compras de energia e investimentos nos Estados Unidos. O presidente Donald Trump afirmou que essa será a tarifa-base para futuros tratados comerciais.