O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, encerrou a sessão desta segunda-feira (data) em queda de 1,04%, atingindo 132.129,26 pontos, o menor nível de fechamento desde 22 de abril. O desempenho negativo ocorre em meio a um volume financeiro reduzido de R$17,64 bilhões, inferior às médias diárias do mês e do ano. A pressão sobre o índice é atribuída à incerteza em relação à imposição de tarifas comerciais pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, que pode entrar em vigor na próxima sexta-feira.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva solicitou ao presidente dos EUA, Donald Trump, que reconsidere a aplicação das tarifas, ressaltando a importância do Brasil nas relações comerciais. No entanto, até o momento, não há sinais de negociações entre os países, o que tem gerado preocupação entre analistas do mercado. Eles indicam que o Ibovespa poderá encontrar um novo rumo apenas quando houver maior clareza sobre as tarifas, o que também pode aumentar a volatilidade das ações de empresas com forte presença no mercado americano.
Além disso, o índice acumula uma queda de 4,84% no mês, distanciando-se dos recordes de julho, quando superou os 141 mil pontos. Em Wall Street, os índices S&P 500 e Nasdaq apresentaram resultados mistos após um acordo comercial entre os EUA e a União Europeia, enquanto os investidores se preparam para uma semana decisiva com a divulgação de balanços e decisões do Federal Reserve.
No cenário corporativo, ações de grandes empresas como Vale, Bradesco e Ambev devem ser monitoradas, já que a temporada de resultados do segundo trimestre se aproxima. O desempenho de ações como VALE3 e PETR4 também foi afetado por fatores externos, como a queda nos preços do minério de ferro e a alta nos preços do petróleo, respectivamente.