O Ibovespa, principal índice da B3, encerrou a quarta-feira, 9, em queda de 1,31%, atingindo 137.480,79 pontos, o menor nível desde 27 de junho. O recuo marca a terceira sessão consecutiva de perdas, após ter alcançado o recorde de 141 mil pontos na sexta-feira passada. O movimento de baixa foi impulsionado por declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que anunciou a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, intensificando o clima de incerteza no mercado.
Durante a sessão, o índice oscilou entre 137.299,04 e 139.330,70 pontos, com um volume de negócios de R$ 22,5 bilhões. No acumulado da semana, o Ibovespa apresenta uma perda de 2,68% e, no mês, registra uma queda de 0,99%. Apesar do desempenho negativo recente, o índice ainda apresenta uma alta de 14,30% em relação ao início do ano.
Após o fechamento do índice à vista, o Ibovespa futuro indicava uma perda ainda maior, de cerca de 2,5%. Trump, em coletiva na Casa Branca, afirmou que mais cartas sobre tarifas seriam enviadas a parceiros comerciais, enquanto reiterou sua boa relação com o presidente da China, Xi Jinping. O impacto das tarifas e a instabilidade política nos EUA geraram um clima de aversão ao risco, afetando especialmente mercados emergentes como o Brasil.
No entanto, nem todas as ações tiveram desempenho negativo. A Braskem, por exemplo, viu suas ações subirem 6,02% após a aprovação de urgência para um projeto de lei que pode adicionar cerca de US$ 450 milhões ao Ebitda da empresa. Apesar das incertezas, analistas destacam que o Ibovespa ainda se encontra em níveis razoáveis, considerando o desempenho do ano até agora.