O Ibovespa encerrou a segunda-feira, 28 de julho, em queda de 1,04%, marcando 132.129,26 pontos, o menor nível desde 22 de abril. O índice da B3 apresentou oscilações entre 131.550,39 e 133.901,70 pontos, em um cenário de cautela antes da implementação do tarifaço americano, programado para entrar em vigor na próxima sexta-feira, 1º de agosto. O volume de negociações foi de R$ 17,6 bilhões, refletindo um giro contido e uma perda acumulada de 4,84% em julho, a pior desde agosto de 2023.
As ações do setor bancário lideraram as perdas, com destaque para o Itaú PN, que caiu 2,10%. A pressão sobre o mercado foi intensificada por dados fracos de concessão de crédito e a expectativa negativa em relação às tarifas dos EUA, que podem impactar a economia brasileira. Além disso, as ações da Vale ON e da Petrobras apresentaram desempenhos mistos, com a primeira em baixa de 0,97% e a segunda com leve queda de 0,06% na ON e alta de 0,13% na PN, impulsionadas por variações nos preços do petróleo.
No cenário político, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou o ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmando que ele "não merece o sacrifício do povo brasileiro" em relação à tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. Enquanto isso, uma comitiva de senadores em Washington expressou preocupação com o acordo entre o governo Trump e a União Europeia, avaliando que pode isolar ainda mais o Brasil. O governo brasileiro, por sua vez, sinalizou a possibilidade de uma viagem do chanceler Mauro Vieira a Washington, caso haja um interlocutor do presidente americano disponível para diálogo.