O Ibovespa, principal índice da B3, apresentou leve viés negativo nesta terça-feira, 8, após duas sessões de máximas históricas. O índice conseguiu se manter acima da linha dos 139 mil pontos, fechando a 139.302,85 pontos, uma queda de 0,13%. Durante a sessão, o índice atingiu a mínima de 138.770,19 pontos, refletindo as tensões relacionadas a novas tarifas comerciais. Na semana, o Ibovespa acumula uma perda de 1,39%, mas ainda registra um ganho de 0,32% no mês e uma alta de 15,81% no ano, com um giro financeiro de R$ 18,5 bilhões.
As preocupações do mercado foram exacerbadas por declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que anunciou a imposição de tarifas de 50% sobre o cobre e indicou a possibilidade de novas sobretaxas sobre produtos farmacêuticos e chips. O secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, confirmou que a tarifa sobre o cobre deve entrar em vigor entre o final de julho e o início de agosto, com o objetivo de estimular a produção interna americana.
A reiteração das políticas protecionistas de Trump reacendeu a atenção global para a guerra comercial, impactando os ativos brasileiros. O presidente também ameaçou países do bloco Brics, do qual o Brasil faz parte, com tarifas adicionais de 10%. Apesar do cenário desafiador, o fechamento do Ibovespa foi moderado por desempenhos positivos de ações como Petrobras e Vale, que ajudaram a equilibrar as perdas de grandes bancos, que tiveram variações mistas.
Rodrigo Alvarenga, sócio da One Investimentos, destacou que, apesar da volatilidade nos mercados, o desempenho de ações como Petrobras e Vale foi um ponto positivo. Ele também observou que o prazo de 1º de agosto para a implementação das tarifas é definitivo, sem possibilidade de prorrogação, o que indica que as tensões comerciais devem persistir no cenário econômico global.