O Ibovespa, índice da B3, encerrou a quinta-feira, 17, com leve alta de 0,04%, alcançando 135.564,74 pontos, após interromper uma sequência de sete perdas consecutivas. Durante a sessão, o índice variou entre 135.016,25 e 135.792,48 pontos, com um volume financeiro de R$ 17,9 bilhões. Apesar do resultado positivo do dia, o índice acumula uma queda de 0,46% na semana e 2,37% no mês, embora tenha registrado um aumento de 12,70% ao longo do ano.
Entre as ações que se destacaram, os papéis de Itaú (PN +1,51%), Santander (Unit +1,81%) e BTG (+1,61%) contribuíram para a recuperação do índice, enquanto Petrobras apresentou quedas significativas, com suas ações ON e PN recuando 0,70% e 1,01%, respectivamente. No lado positivo, Pão de Açúcar (+6,52%), WEG (+2,36%) e Prio (+2,15%) foram os destaques, enquanto Hypera (-4,43%), Ultrapar (-2,25%) e Vibra (-2,22%) enfrentaram perdas.
Felipe Moura, gestor de portfólio da Finacap Investimentos, comentou que o Ibovespa permanece em um patamar elevado, apesar de uma correção de 5% em relação ao recorde de 141 mil pontos, registrado em julho. Ele destacou a recente saída de recursos estrangeiros da Bolsa brasileira e a influência de fatores como tarifas e IOF sobre o mercado. A Receita Federal anunciou que não haverá cobrança retroativa do IOF, o que ajudou a estabilizar o índice, embora a incerteza jurídica ainda persista.
Lucas Almeida, da AVG Capital, e Luiz Roberto Monteiro, da Renascença, também abordaram as preocupações com a política fiscal e a saída de investidores estrangeiros, que têm impactado o desempenho do Ibovespa. A decisão do STF sobre o IOF foi vista como positiva, mas a falta de consenso entre o Congresso e o Executivo continua a gerar incertezas no mercado, afetando a confiança dos investidores.