O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, encerrou a semana com uma queda acumulada de 3,59%, a pior desde dezembro de 2022. Na sexta-feira, 12 de outubro, o índice registrou uma nova desvalorização de 0,41%, fechando aos 136.187 pontos, impactado pela intensificação da guerra comercial iniciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que anunciou novas tarifas sobre produtos do Canadá, União Europeia e México.
A reação do mercado brasileiro foi moderada, impulsionada pela valorização das ações da Vale e da Petrobras, enquanto setores como bancos, varejo e frigoríficos continuaram a sofrer perdas. A instabilidade no mercado é atribuída à escalada das tensões geopolíticas e à expectativa de novos anúncios por parte do governo americano, que já havia imposto tarifas de 50% sobre produtos brasileiros.
Os contratos de mini-índice (WINQ25) também refletiram o clima de cautela, encerrando a última sessão com queda de 0,69%, aos 137.615 pontos. A análise técnica indica que a pressão vendedora pode se intensificar caso o suporte em 137.545/137.050 seja rompido, com possíveis alvos em 136.755 e 135.900. Por outro lado, uma recuperação dependerá da superação da resistência em 137.910/138.100.
O cenário volátil e as incertezas globais exigem atenção redobrada dos investidores, que devem monitorar de perto os níveis de suporte e resistência, especialmente nas regiões críticas de 136.000 pontos. A próxima semana promete ser desafiadora, com a divulgação de dados econômicos relevantes nos Estados Unidos, incluindo inflação ao consumidor e produção industrial.