O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou a quinta-feira (24) em 134.595 pontos, uma queda de 1,22%, refletindo o aumento das tensões comerciais entre Brasil e Estados Unidos. A iminente imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, prevista para entrar em vigor em agosto, impactou negativamente empresas com forte exposição ao exterior, como Embraer e WEG, contribuindo para a desvalorização do índice. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou disposição para o diálogo, mas não descartou a possibilidade de retaliações.
O pregão foi marcado por cautela e baixa liquidez, com o mini-índice enfrentando movimentos defensivos em um cenário de aversão ao risco. As quedas em setores chave, como o industrial e bancário, com destaque para Vale, Itaú e Bradesco, intensificaram a correção no Ibovespa futuro. A expectativa por novas diretrizes do governo brasileiro e americano mantém o mercado em compasso de espera, exigindo atenção redobrada dos investidores nos próximos dias.
Os contratos do mini-índice (WINQ25), com vencimento em agosto, reverteram uma sequência de três altas consecutivas. A análise técnica indica que, para que a tendência de baixa se mantenha, é necessário romper a faixa de suporte em 134.510/134.300. Caso contrário, uma recuperação acima de 134.910/135.195 poderia sinalizar um movimento altista. A pressão vendedora é reforçada pelo índice de força relativa (IFR) diário, que sugere uma possível correção técnica, mas também alerta para um possível alívio caso o ativo atinja a zona de sobrevenda.