O Ibovespa iniciou o pregão desta segunda-feira em queda de 0,61%, aos 138.453,48 pontos, mesmo com a alta das bolsas em Nova York e do minério de ferro na China. O dia é marcado pelo feriado da Revolução Constitucionalista de 1932 em São Paulo, mas os mercados operam normalmente. A atenção dos investidores se volta para possíveis anúncios de novas tarifas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e para o impasse sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, participa de uma audiência na Câmara dos Deputados, onde reafirmou a necessidade de manter os juros em níveis restritivos para controlar a inflação, que atualmente está fora da meta estabelecida. A divulgação da ata do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) do Federal Reserve, prevista para às 15 horas, também é esperada com expectativa, especialmente em relação à discussão sobre a redução da taxa básica de juros nos EUA.
A queda do Ibovespa reflete a combinação de incertezas internas e pressões externas, especialmente após Trump anunciar tarifas sobre países do Brics. O CEO da Asset Bank, Gustavo Assis, destacou que essa situação agrava a percepção de risco em relação ao Brasil, que já enfrenta desafios como juros elevados e fragilidade fiscal. Além disso, o governo brasileiro busca soluções para o problema fiscal relacionado ao IOF, com reuniões entre líderes políticos e ministros.
Às 11h24, o Ibovespa registrava mínima de 138.204,48 pontos e máxima de 139.330,70 pontos, com ações de grandes empresas como Petrobras e Vale apresentando recuos significativos. O cenário permanece incerto, com investidores aguardando a divulgação do IPCA de junho, que poderá influenciar as expectativas sobre a política monetária do país.