O Índice Bovespa (Ibovespa) apresentou queda de 0,61% nesta segunda-feira, 7 de agosto, operando a 138.453,48 pontos, em um cenário de incertezas tanto internas quanto externas. Apesar da alta de 0,68% do minério de ferro em Dalian, na China, e do avanço das bolsas em Nova York, o feriado da Revolução Constitucionalista de 1932 em São Paulo não impediu a normalidade dos mercados. Os investidores permanecem cautelosos, especialmente em relação a possíveis novas tarifas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, participa de uma audiência na Câmara dos Deputados, onde reafirmou a necessidade de manter a taxa de juros em níveis restritivos para controlar a inflação, que atualmente está fora da meta estabelecida. Com o piso em 3% e o teto em 4,5%, Galípolo destacou que a situação inflacionária não é novidade para o mercado, conforme análise de especialistas.
No cenário internacional, a divulgação da ata do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) do Federal Reserve está prevista para as 15 horas, e os investidores aguardam indícios sobre uma possível redução da taxa básica de juros nos Estados Unidos. No Brasil, a expectativa gira em torno da divulgação do IPCA de junho, que poderá influenciar a trajetória da Selic e, consequentemente, o desempenho do Ibovespa, que já acumula perdas nas últimas sessões devido a incertezas fiscais e pressões externas.
A queda do índice reflete a combinação de fatores, incluindo a escalada de tensões comerciais e a fragilidade fiscal interna. O governo brasileiro busca soluções para o impasse do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), enquanto o INSS estima um valor de R$ 3,3 bilhões para devolver aos aposentados os descontos indevidos aplicados entre 2020 e 2025. Às 11h24, o Ibovespa atingiu mínima de 138.204,48 pontos, evidenciando a volatilidade do mercado em meio a um cenário desafiador.