O Ibovespa, principal índice da B3, fechou abaixo dos 134 mil pontos nesta terça-feira (data), pressionado pela desvalorização de ações de empresas com alta exposição ao mercado externo, como WEG (WEGE3) e Embraer (EMBR3). A incerteza em torno das tarifas comerciais entre Brasil e Estados Unidos, com a possibilidade de taxação de 50% a partir de agosto, gerou cautela entre os investidores. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou a disposição do Brasil para o diálogo, mas indicou que o país poderá adotar medidas de retaliação, enquanto o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou a elaboração de um plano de contingência.
No cenário internacional, os mercados apresentaram um desempenho misto. Os juros dos Treasuries dos Estados Unidos subiram, enquanto o Banco Central Europeu decidiu manter a taxa básica inalterada. Nos Estados Unidos, os índices de ações oscilaram entre ganhos e perdas, refletindo a volatilidade do mercado. O dólar à vista registrou leve queda de 0,05%, encerrando o dia cotado a R$ 5,5211, o menor valor desde 9 de julho.
Os contratos de minidólar (WDOQ25), com vencimento em agosto, apresentaram uma leve valorização de 0,21%, fechando a sessão a 5.532,5 pontos. A análise técnica indica que o ativo tenta se recuperar após dias de pressão vendedora, embora ainda enfrente resistência nas faixas de 5.533,5 a 5.541 pontos. Caso essa resistência seja superada, há potencial para novos ganhos, enquanto uma rejeição pode levar o ativo a testar suportes em 5.520,5 e 5.505 pontos. O cenário permanece cauteloso, com investidores atentos às movimentações políticas e comerciais que podem impactar o mercado financeiro.