O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira (25) o resultado do IPCA-15 referente a julho de 2025, com uma alta mensal projetada de 0,30%, superando a variação de 0,26% registrada em junho. Para o acumulado em 12 meses, a expectativa é de leve recuo para 5,26%, em comparação aos 5,30% até junho. A divulgação ocorre às vésperas da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para os dias 29 e 30 de julho, e é acompanhada atentamente por agentes do mercado financeiro.
Atualmente, o índice permanece acima do teto da meta de inflação, que é de 3,0%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. Essa situação mantém a política monetária sob pressão, especialmente em um cenário de deterioração das expectativas fiscais no Brasil, onde os mercados estão precificando riscos adicionais relacionados à execução orçamentária e ao cumprimento das metas fiscais do governo.
Além disso, as recentes divulgações de indicadores da economia norte-americana influenciam a percepção sobre o ambiente externo e o diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos. As projeções para a taxa Selic indicam uma alta probabilidade de manutenção do atual patamar de 15% ao ano, a maior taxa desde agosto de 2006, refletindo a combinação de inflação elevada e incertezas fiscais.
Os operadores do mercado também monitoram a volatilidade da taxa de câmbio e a repercussão de declarações de autoridades monetárias. A expectativa em relação ao IPCA-15 será crucial para calibrar as apostas sobre a decisão do Copom, onde uma leitura acima do esperado pode reforçar a manutenção da Selic, enquanto um número abaixo da mediana pode abrir espaço para reavaliações na política monetária do Banco Central.