O Índice de Atividade Econômica IBC-Br, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (5), apresentou uma queda de 0,7% em maio em comparação ao mês anterior, contrariando as expectativas de estabilidade entre economistas consultados pela Reuters. Esse resultado, considerado um indicativo do desempenho do Produto Interno Bruto (PIB), sugere uma desaceleração econômica mais acentuada nos próximos meses.
Como reflexo dessa notícia, as taxas dos DIs curtos registraram queda, favorecendo um aumento nos prêmios na ponta longa da curva de juros. No fechamento do dia, a taxa do Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2027 caiu para 14,29%, enquanto a taxa para janeiro de 2028 foi ajustada para 13,58%. Por outro lado, as taxas dos contratos longos, como o DI para janeiro de 2031 e janeiro de 2033, apresentaram alta, refletindo uma inclinação na curva de juros.
Rafael Perez, economista da Suno Research, comentou que o esgotamento do impulso do setor agropecuário e os efeitos da política monetária devem se tornar mais evidentes, indicando um crescimento moderado no segundo trimestre. No mercado, as expectativas de manutenção da taxa Selic em 15% no próximo encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) foram reforçadas, com 98% de chances de estabilidade, segundo a precificação das opções na B3.
No cenário internacional, os investidores continuam atentos à guerra comercial iniciada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que anunciou tarifas sobre produtos brasileiros e ameaçou a União Europeia e o México. O rendimento do Treasury de dez anos, referência global, permaneceu estável em 4,425% ao longo do dia.