Em entrevista ao youtuber Andrew Callaghan, realizada na última segunda-feira, 22, Hunter Biden, filho do ex-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que o desempenho do pai no debate presidencial contra Donald Trump, em junho do ano passado, foi prejudicado pelo uso de zolpidem, um medicamento hipnótico indicado para insônia. Segundo Hunter, Biden estava exausto após uma intensa agenda de viagens pela Europa e um evento de arrecadação de fundos na Califórnia.
Hunter descreveu a situação, afirmando que seu pai, aos 81 anos, estava "muito cansado" e que o medicamento foi administrado para ajudá-lo a dormir antes do debate. Ele afirmou que, ao subir ao palco, Biden parecia "igual a barata tonta", o que resultou em lapsos de memória e fragilidade física durante a discussão, impactando negativamente sua campanha presidencial.
O debate gerou uma crise na candidatura de Biden, levando a pressões internas do Partido Democrata para que ele desistisse da reeleição. Quase um mês após o evento, Biden anunciou sua retirada, sendo substituído por sua vice-presidente, Kamala Harris. Hunter criticou figuras do partido e do círculo de Obama por sua influência na decisão de seu pai, questionando a capacidade deles de avaliar a experiência política de Biden.
O uso de zolpidem, um medicamento controlado, é comum para tratar insônia, mas pode causar efeitos colaterais como amnésia e alucinações. No Brasil, a Anvisa regulamenta a prescrição desse medicamento, exigindo Notificação de Receita B para sua obtenção, devido ao seu potencial de abuso e efeitos adversos.