O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), emitiu um ato nesta terça-feira, 22, que proíbe a realização de reuniões das novas comissões parlamentares bolsonaristas até o término do recesso, previsto para 1º de agosto. A decisão visa interromper os avanços das comissões que discutem a atuação de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros investigados por tentativa de golpe de Estado.
As comissões foram anunciadas no dia 21 de julho durante um encontro entre 50 parlamentares e o ex-presidente Bolsonaro, que buscava articular uma aliança política em seu favor. O ato de Motta estabelece que, entre 22 de julho e 1º de agosto, não haverá reuniões das comissões da Câmara, conforme estipulado no texto oficial.
A medida surge em um contexto de crescente tensão política, especialmente após a reunião que levou o ministro Alexandre de Moraes a solicitar que a defesa de Bolsonaro se manifestasse até o final do dia 22 sobre declarações feitas durante o encontro. As comissões, que incluem líderes como Gustavo Gayer (PL-GO) e Zé Trovão (PL-SC), visam criar uma rede de apoio parlamentar tanto dentro quanto fora do Congresso Nacional.