O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), manifestou apoio à decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu os decretos do governo e do Congresso relacionados ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A declaração foi feita na sexta-feira, 4 de julho de 2025, através de sua conta em uma rede social, onde Motta ressaltou que a medida está em "sintonia com a Câmara e a sociedade".
A decisão do STF mantém a anulação do aumento do IOF, que havia sido aprovado pelo Congresso em 25 de junho. Moraes convocou uma audiência de conciliação para o dia 15 de julho, envolvendo representantes da Presidência, do Senado, da Câmara e da Procuradoria-Geral da República. O ministro é o relator de duas Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) sobre o tema, uma movida pelo PL contra o aumento do imposto e outra pelo Psol contra a derrubada da medida pelo Congresso.
O aumento do IOF fazia parte de uma estratégia do Ministério da Fazenda para aumentar a arrecadação e atender às metas do novo arcabouço fiscal, com uma estimativa de impacto positivo de R$ 12 bilhões em 2025. A cronologia do caso revela que a alta do imposto foi inicialmente anunciada em 22 de maio, mas enfrentou resistência no Congresso, culminando na sua derrubada em junho, seguida pela judicialização do impasse pelo governo no início de julho.