O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta sexta-feira, em entrevista à CNN Brasil, que não há risco de rompimento entre o Congresso e o governo federal em decorrência do impasse sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Motta destacou a importância de cortes de gastos que não afetem as camadas mais vulneráveis da população.
Durante a entrevista, o presidente da Câmara comentou a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu os decretos do governo relacionados ao IOF e convocou uma audiência de conciliação sobre o tema. Segundo Motta, esse diálogo é essencial para que as partes possam encontrar uma solução. "Discordar neste ponto do IOF não representa um rompimento com o governo, mas sim uma posição do Parlamento em não concordar com aumentos de impostos", afirmou.
Motta também manifestou abertura para apoiar medidas que aumentem a tributação sobre os mais ricos e revisem isenções fiscais. Ele garantiu que a proposta do governo de isentar do Imposto de Renda pessoas que recebem até R$ 5 mil será aprovada, reforçando que o Legislativo não é contrário aos interesses dos mais pobres. Essa aprovação, segundo o presidente da Câmara, será uma demonstração do compromisso do Congresso com a justiça fiscal.