O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), expressou preocupações sobre a polarização social no Brasil durante entrevista ao Jornal da Record, exibida na noite de sexta-feira (4). Motta refutou a ideia de que o Congresso favorece os ricos em detrimento dos pobres, afirmando que o Parlamento tem apoiado o governo em diversas iniciativas sociais e econômicas. Ele destacou que divergências em matérias, como o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), são naturais e não devem ser interpretadas como traição ao governo.
Motta enfatizou que o IOF afeta todas as classes sociais e pode impactar negativamente a inflação e o custo de vida, especialmente para micro e pequenos empreendedores. Ele reiterou que a rejeição ao aumento do imposto foi uma decisão do Congresso, que não considerou a proposta do governo satisfatória. "A reação ao aumento de impostos é latente", afirmou, ressaltando a necessidade de diálogo entre os poderes para encontrar soluções fiscais.
O presidente da Câmara também se mostrou otimista quanto à aprovação da Medida Provisória 1303/25, que visa compensar o aumento do IOF, e do Projeto de Lei que isenta de Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil, prometendo que essas pautas serão tratadas com prioridade. Além disso, Motta defendeu a manutenção das emendas impositivas, afirmando que sua inconstitucionalidade não será aceita pelo Congresso, pois já se mostrou benéfica para a governabilidade e o desenvolvimento do país.