Antônio Cláudio Alves Ferreira, morador de Goiás, está foragido após ser filmado destruindo um relógio raro do século 17 no Palácio do Planalto, em Brasília. O incidente ocorreu durante os ataques antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, pelos quais Ferreira foi condenado a 17 anos de prisão. O relógio, uma peça histórica de Balthazar Martinot, foi um presente da Corte Francesa a Dom João VI e integra o acervo da Presidência da República.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, validou um pedido da defesa de Ferreira para desconto de pena, considerando o tempo de prisão provisória que o condenado já cumpriu. Moraes homologou a remição de 66 dias de pena, sendo 62 dias relacionados ao trabalho realizado durante a detenção.
Ferreira foi condenado em junho de 2024 por cinco crimes, incluindo abolição violenta do Estado Democrático de Direito e dano qualificado, resultando em uma multa de R$ 30 milhões por danos morais coletivos. Ele foi preso novamente em Catalão, Goiás, após um período em regime semiaberto, mas retornou à prisão a pedido de Moraes em 19 de junho, devido à gravidade de seus crimes.