Um homem foi condenado a 45 anos de prisão em regime fechado por feminicídio contra sua companheira, uma jovem de 27 anos grávida, em Caraí, no Vale do Jequitinhonha. O crime ocorreu em agosto de 2024, durante uma cavalgada no povoado de Ribeirão de Santana, onde o réu disparou contra a vítima, atingindo-a no pescoço. Uma segunda mulher também foi ferida, mas sobreviveu ao ataque.
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) destacou que o homicídio foi resultado de uma escalada de violência doméstica, com a vítima sofrendo agressões e ameaças constantes. Testemunhas relataram o comportamento ciumento e controlador do réu, que havia utilizado armas em discussões anteriores. Poucas horas antes do crime, a jovem havia informado à mãe sobre o término do relacionamento.
Durante o julgamento, duas testemunhas de defesa foram presas em flagrante por falso testemunho, após o Conselho de Sentença concluir que suas declarações não condiziam com as provas apresentadas. O réu, que já estava detido desde a data do crime, não poderá recorrer em liberdade e foi também condenado a indenizar a família da vítima por danos morais.