O desaparecimento de 6 milhões de ações da grife Hermès, avaliadas em aproximadamente 14,5 bilhões de euros, ganha novos contornos com a morte repentina de Eric Freymond, ex-gestor de patrimônio do herdeiro Nicolas Puech, de 82 anos. Freymond, que faleceu em um acidente de trem em Saanen, Suíça, era considerado um amigo de longa data de Puech, mas a relação se deteriorou após alegações de fraude relacionadas ao sumiço das ações.
Puech, bisneto do fundador da Hermès e detentor de 5,76% do capital da empresa, expressou pesar pela morte de Freymond e solicitou que as autoridades suíças investiguem as circunstâncias do falecimento. O herdeiro já havia levado o caso à Justiça em Genebra, onde as acusações contra Freymond foram consideradas infundadas, mas uma queixa similar ainda está pendente na França.
A disputa entre Puech e Freymond atraiu a atenção da mídia, especialmente após a revelação de que Puech planejava deixar sua fortuna para seu jardineiro. A investigação sobre o paradeiro das ações, que se intensificou após a tentativa de aquisição da Hermès pela LVMH, continua sem respostas definitivas, deixando o futuro da fortuna em meio a incertezas.