A cervejaria holandesa Heineken expressou satisfação com o recente acordo comercial entre a União Europeia e os Estados Unidos, anunciado no último domingo (27). O presidente-executivo Dolf van den Brink destacou que a redução das tarifas de 30% para 15% sobre produtos da UE é um passo positivo, embora ainda impacte os lucros da empresa no mercado americano.
Heineken, que é a segunda maior cervejaria do mundo, enfrenta desafios tarifários crescentes e está considerando diversas opções para mitigar esses efeitos a longo prazo. Entre as alternativas, a mudança de fábricas para outras localidades foi mencionada, embora o executivo tenha ressaltado que tais decisões exigem investimentos significativos e uma maior estabilidade nas políticas comerciais.
No primeiro semestre de 2023, a empresa reportou um aumento de 7,4% no lucro operacional orgânico, superando as expectativas do mercado. No entanto, a companhia também alertou sobre a possibilidade de volumes de vendas mais baixos para o restante do ano, devido às políticas comerciais dos EUA que afetam os mercados na América Latina, incluindo o Brasil. As ações da Heineken caíram 4,3% após o anúncio de suas previsões mais cautelosas.
