A Heineken anunciou nesta quarta-feira (16) um aumento médio de 6% em seus preços no Brasil, que entrará em vigor em julho. Este é o primeiro ajuste desde abril de 2024 e ocorre após a Ambev ter elevado seus preços no início do ano, logo após o Carnaval. O movimento levanta questionamentos sobre possíveis mudanças na dinâmica competitiva do setor cervejeiro.
Analistas do Bradesco BBI, Henrique Brustolin e Pedro Fontana, comentaram que o aumento de preços da Heineken pode indicar um ambiente mais racional para a precificação das cervejas no Brasil. As ações da Ambev (ABEV3) apresentaram alta de 1,73%, cotadas a R$ 13,50, às 12h (horário de Brasília) desta quarta-feira. No entanto, os especialistas ainda não acreditam que essa mudança represente uma alteração estrutural no mercado.
Os analistas ressaltam que a Heineken não tem sido uma empresa agressiva em termos de preços e que sua estratégia de aumentar volumes e participação de mercado permanece. A decisão de reajustar os preços pode ser uma resposta aos ganhos recentes da Heineken em participação de mercado, especialmente após a ação da Ambev. O desempenho da Ambev nos próximos resultados financeiros será crucial para avaliar a relação entre preços e volumes no setor, que enfrenta sinais de desaceleração e desafios para manter margens estáveis em 2025.