O Hamas anunciou ter enviado uma "resposta positiva" aos mediadores sobre a proposta de cessar-fogo e liberação de reféns em Gaza, apresentada pelos Estados Unidos. Em comunicado, o grupo afirmou estar "seriamente pronto" para iniciar negociações imediatas, embora ainda não tenha confirmado a aceitação formal das condições. A expectativa é que a resposta oficial seja divulgada em até um dia, conforme afirmou o presidente americano Donald Trump.
A proposta inclui um cessar-fogo de 60 dias, durante o qual as partes devem trabalhar para encerrar um conflito que já dura 20 meses. Entre os termos, está a liberação escalonada de 10 reféns israelenses e os corpos de 18 outros, em troca da soltura de prisioneiros palestinos detidos em Israel. Estima-se que cerca de 50 reféns ainda estejam em Gaza, com pelo menos 20 deles vivos. Um ponto crucial para o Hamas é a retomada do envio de alimentos e ajuda médica à região, com a participação da ONU e da Cruz Vermelha.
Apesar das negociações, os bombardeios israelenses na Faixa de Gaza continuam intensos. O Ministério da Saúde local, controlado pelo Hamas, informou que pelo menos 138 palestinos foram mortos em ataques aéreos nas últimas 24 horas. Em Tel Aviv, familiares dos reféns e apoiadores realizaram um protesto em frente ao escritório da embaixada dos EUA, pedindo que o governo americano pressione por um acordo que garanta a libertação dos sequestrados. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reafirmou seu compromisso em garantir o retorno de todos os reféns, mas condicionou o fim da guerra à destruição das capacidades militares do Hamas. O conflito, intensificado após o ataque terrorista de 7 de outubro de 2023, já resultou em mais de 57 mil mortes em Gaza, segundo dados do ministério da saúde controlado pelo Hamas.