O Hamas acusou Israel, nesta quarta-feira (16), de tentar manter o controle militar na Faixa de Gaza e refutou relatos da mídia israelense sobre avanços nas negociações de cessar-fogo. As conversas, que ocorrem de forma indireta no Catar desde 6 de julho, têm como ponto central a presença das tropas israelenses no território palestino. O grupo terrorista que governa Gaza exige a retirada total do Exército israelense, tendo rejeitado uma proposta que previa a permanência das tropas em 40% da área.
Basem Naim, membro do comitê político do Hamas, declarou à AFP que Israel não apresentou novas propostas ou mapas para a retirada das tropas. Segundo ele, a totalidade da Faixa de Gaza permanece sob controle israelense, e as ações no local indicam uma intenção de prolongar esse domínio militar. Naim também criticou a postura de Israel, afirmando que a ocupação demonstra relutância em se retirar ou encerrar o conflito, contradizendo suas alegações nas negociações em Doha.
Por sua vez, Israel defende que seu objetivo é neutralizar as capacidades militares do Hamas e classifica o movimento como inflexível nas tratativas. O Catar, mediador das negociações, afirmou na terça-feira que as discussões não estão em um impasse, sugerindo que ainda há espaço para avanços nas conversas.