O grupo terrorista Hamas manifestou forte descontentamento com as declarações do enviado especial dos Estados Unidos para o Oriente Médio, Steve Witkoff, que responsabilizou a organização pelo fracasso nas negociações de cessar-fogo com Israel. A crítica foi feita pelo dirigente Basem Naim, que afirmou que as palavras de Witkoff "distorcem a realidade" e estão alinhadas com a posição israelense.
As declarações de Witkoff ocorreram na quinta-feira (24), após o retorno da delegação americana de Doha, no Catar, onde as negociações estavam sendo realizadas. O diplomata alegou que a decisão de interromper as tratativas se deu pela "falta de vontade" do Hamas em avançar, classificando a postura do grupo como "egoísta".
Na sexta-feira (25), o presidente dos EUA, Donald Trump, reforçou as críticas, afirmando que o Hamas não estava interessado em um acordo e sugerindo que o grupo teme as consequências da libertação de reféns. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, também apoiou as declarações americanas, acusando o Hamas de ser o principal obstáculo para um acordo e mencionando a consideração de opções alternativas para trazer os reféns de volta.
Em resposta, o Hamas expressou surpresa com as críticas e reafirmou seu compromisso em avançar nas negociações, manifestando disposição para buscar um cessar-fogo permanente e superar os obstáculos no diálogo com mediação internacional. As negociações permanecem paralisadas desde a última rodada em Doha, sem previsão de retomada.