O grupo terrorista Hamas anunciou na sexta-feira (4) a aceitação de uma proposta de trégua de 60 dias mediada pelos Estados Unidos, Egito e Catar. A decisão foi comunicada em meio a intensos conflitos na Faixa de Gaza, onde a situação humanitária se agrava a cada dia. O gabinete de segurança do governo israelense se reunirá neste sábado (5) para deliberar sobre a aceitação do cessar-fogo.
Um membro do alto escalão do governo israelense, que preferiu não se identificar, afirmou que até o momento "nenhuma decisão" foi tomada em relação à proposta do Hamas. A reunião do gabinete ocorrerá após o Shabbat, dia sagrado de descanso em Israel, e antecede a viagem do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu a Washington, marcada para segunda-feira (7), onde se encontrará com o presidente americano, Donald Trump.
A proposta de trégua inclui a libertação de metade dos reféns israelenses em troca da soltura de prisioneiros palestinos. A Jihad Islâmica, aliada do Hamas, também manifestou apoio às negociações, mas solicitou garantias sobre a implementação do acordo. Enquanto isso, os ataques israelenses continuam, resultando em quase 100 mortes em apenas 24 horas na Faixa de Gaza, conforme relatórios locais.
A Fundação Humanitária de Gaza (GHF) informou que dois de seus funcionários americanos foram feridos em um ataque a um de seus centros de distribuição em Khan Yunis. Desde o fim de maio, a GHF tem distribuído alimentos na região, que enfrenta uma grave crise humanitária, com 613 mortes registradas durante a distribuição de ajuda, segundo a ONU. Organizações humanitárias têm se recusado a colaborar com a GHF, alegando que a entidade atua em prol de interesses militares israelenses.