O grupo terrorista Hamas anunciou nesta sexta-feira, 4, que concordou com os principais pontos de uma proposta apresentada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para um cessar-fogo na Faixa de Gaza. O acordo prevê uma trégua de 60 dias, a liberação de reféns israelenses e a retomada da ajuda humanitária aos palestinos, uma demanda crucial do Hamas. Trump se comprometeu a atuar como fiador do acordo, assegurando que ambas as partes cumpram os termos estabelecidos.
A proposta, que se assemelha a planos anteriores, inclui a libertação de 10 dos aproximadamente 20 reféns israelenses ainda em cativeiro, além da entrega dos corpos de 18 israelenses que faleceram durante o cativeiro. Em troca, Israel deverá libertar um número indeterminado de palestinos detidos. O Hamas também solicitou modificações na redação do acordo, incluindo a expulsão da Fundação Humanitária de Gaza, uma organização americana apoiada por Israel.
Os negociadores relataram que o Hamas se comprometeu a não realizar mais cerimônias de transferência de reféns, que geraram críticas da ONU. O plano também prevê a entrada de ajuda humanitária através de canais tradicionais, especialmente com a ONU, e a retirada das tropas israelenses de áreas do norte e sul da Faixa de Gaza em diferentes fases do cessar-fogo.
O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, já havia concordado com o plano e viajará para os EUA na próxima segunda-feira para celebrar o acordo com Trump. No entanto, questões pendentes sobre a presença militar israelense em Gaza e a segurança da população palestina ainda geram preocupações, com Netanyahu defendendo a segurança do povo de Gaza em meio a críticas internacionais sobre possíveis ações de limpeza étnica.