O Hamas anunciou na noite de sexta-feira (4) que está disposto a iniciar imediatamente negociações sobre a implementação de uma proposta de trégua em Gaza, onde pelo menos 52 palestinos foram mortos nas últimas 24 horas. Em comunicado, o grupo islamita palestino afirmou ter enviado uma resposta positiva aos mediadores e está preparado para discutir os mecanismos de aplicação da trégua.
O anúncio ocorre antes da visita do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a Washington, marcada para esta segunda-feira, onde se reunirá com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Fontes palestinas indicam que a proposta de trégua abrange um período de 60 dias, durante o qual o Hamas se comprometeria a libertar metade dos reféns israelenses em troca da liberação de prisioneiros palestinos detidos em Israel.
A Jihad Islâmica, principal aliado do Hamas, também manifestou apoio às negociações, solicitando garantias adicionais sobre a proposta de trégua mediada pelo Egito e Catar. Enquanto isso, o Exército israelense continua sua ofensiva em Gaza, com a Defesa Civil reportando um aumento no número de mortos, que inclui civis atingidos em locais de distribuição de ajuda humanitária.
Desde o início do conflito em outubro de 2023, as operações militares israelenses resultaram em condições humanitárias críticas na região, forçando o deslocamento de mais de dois milhões de pessoas. De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, o número de palestinos mortos na ofensiva já ultrapassa 57.130, a maioria civis, conforme dados que a ONU considera confiáveis.